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Chiminazzo e seus colegas lançam luz sobre as intrigantes estratégias de sobrevivência de plantas lenhosas em ecossistemas propensos ao fogo, usando o Cerrado brasileiro como exemplo.


Um trabalho de pesquisa recente de Chiminazzo e colegas, publicado em AoB PLANTS, olha para como espécies de plantas lenhosas podem sobreviver e até prosperar em meio a eventos de incêndio frequentes. Com a previsão de que a mudança climática altere os regimes de fogo, entender essas estratégias de sobrevivência torna-se crucial para preservar a biodiversidade e prever futuras mudanças nos ecossistemas.

Plantas em ecossistemas propensos ao fogo evoluíram para eventos de incêndio climático usando uma estratégia conhecida como rebrotando – a capacidade de crescer novos galhos após uma perturbação do fogo. A equipe de Chiminazzo destaca um fator até agora pouco explorado nessa pesquisa – a “modularidade” das plantas lenhosas, o conceito de que as plantas são compostas de diferentes partes ou módulos que interagem com seu ambiente de maneiras únicas.

Os pesquisadores argumentam que, à medida que as plantas lenhosas crescem, cada módulo (nova unidade de crescimento) experimenta seu ambiente de maneira diferente, impactando a sobrevivência geral e a adaptação ao fogo. Isso inclui a rapidez com que esses módulos podem se proteger do fogo e contribuir para a sobrevivência da planta. Entender isso pode ajudar a prever quais espécies suportarão mudanças nos regimes de fogo.

Os pesquisadores apresentam um conceito intrigante, a 'armadilha de fogo', um fenômeno que explica a abundância de plantas menores como subarbustos e arbustos em savanas frequentemente queimadas. Essas plantas armazenam a maior parte de sua biomassa no subsolo, a salvo do fogo, e sua sobrevivência depende de sua capacidade de transição de mudas para adultos, elevando suas copas acima das chamas. No entanto, devido aos incêndios frequentes, muitas espécies são mortas antes de atingir essa altura. Entender como esses ecossistemas propensos ao fogo funcionam pode informar estratégias de manejo do fogo e ajuda na previsão dos efeitos das mudanças climáticas.

Os autores então aplicam suas ideias ao Cerrado, a savana tropical do leste do Brasil. Eles se concentram em Micônia albicans, uma planta que pode crescer como uma árvore ou um arbusto. Em seu artigo, os autores escrevem:

Os botões aéreos de M. albicans são protegidos de forma diferente quando esta espécie cresce como um arbusto ou uma árvore. Ao crescer em uma savana aberta como um arbusto, suas gemas não são protegidas pela camada de casca (chiminazzo et ai. 2021). No entanto, ao crescer como uma árvore em uma savana lenhosa, os brotos ficam bem protegidos (De Antonio et ai. 2020), localizando-se na base de depressões na camada de casca (Fig. 1). Essa diferença pode ser devida à plasticidade fenotípica ou ao estágio de desenvolvimento dos módulos de crescimento amostrados. Charles-Dominique et al (2017) encontraram uma relação positiva entre a produção de casca e a proteção de gemas aéreas acima do solo, o que significa que as espécies que produzem mais casca também foram capazes de proteger melhor suas gemas acima do solo. Observamos aqui que, para a maioria das espécies, a localização dos brotos em relação à superfície da casca é mantida ao longo do tempo, o que significa que os brotos estão crescendo no mesmo ritmo que a superfície da casca e que sua localização é mantida ativamente por um equilíbrio entre a produção de casca e o crescimento dos brotos. crescimento (Fig. 1; chiminazzo et ai. 2023). A mudança na proteção dos brotos em M. albicans, associado ao seu desenvolvimento em formas alternativas de crescimento, influencia as suas respostas pós-fogo: quando cresce como arbusto, rebrota das partes basais após eventos de fogo (da coroa da raiz; Pilão et al. 2021b); quando cresce como árvore, também pode rebrotar de gemas aéreas (Chiminazzo e Rossatto, obs. pess.).

chiminazzo et al. 2023.
Tempo de desenvolvimento dos módulos e sua distribuição vertical. Fonte: Chiminazzo See More et al. 2023.

Chiminazzo e colegas concluem:

As espécies lenhosas apresentam uma grande diversidade de características e estratégias que lhes permitem sobreviver ao fogo, refletindo a alta diversidade de regimes de fogo. Portanto, há uma necessidade de investigar mais detalhadamente a diversidade de características de persistência do fogo para prever quais espécies prevalecerão quando os regimes de fogo forem alterados pelo clima e usos da terra e por quê. Assim, precisamos urgentemente estudar as respostas das plantas no nível do módulo, porque essas respostas são sensíveis à posição dos módulos em relação à altura da chama e são determinadas por padrões ontogenéticos que se traduzem em plantas sendo protegidas rápida ou lentamente, dependendo da capacidade das plantas para lidar com o seu desenvolvimento com o meio ambiente. Estudar as características de persistência do fogo em plantas lenhosas e sua inclusão em estratégias intermediárias devem ser consideradas tarefas prioritárias, uma vez que a estrutura de ecossistemas abertos é fortemente afetada por mudanças na densidade de plantas lenhosas em todo o mundo, como resultado de regimes alterados de fogo.

chiminazzo et al. 2023.

LEIA O ARTIGO
Chiminazzo, MA, Charles-Dominique, T., Rossatto, DR, Bombo, AB e Fidelis, A. (2023) “Why woody plant modularity through time and space must be integrated in fire research?AoB PLANTS, 15(3), p. rapaz029. Disponível em: https://doi.org/10.1093/aobpla/plad029.

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